sexta-feira, 31 de agosto de 2012

The best is yet to come


Eu acredito

Renascer


Maturidade. Algo de que todos falam, embora eu não saiba muito bem o que é. Será que estou mais madura? Não sei responder. Mas uma coisa sei, sinto-me mais forte. Não sei explicar. É fruto de um longo caminho que tenho percorrido ao longo dos últimos dois anos. Caí, levantei, caí e levantei outra vez e mais outra e mais outra... Olhar para atrás é estranho. Não me reconheço, não me encontro no meio de tanta coisa vivida. Sou uma pessoa diferente, não tenho dúvidas. Talvez seja a experiência de vida, de que todos falam, e que eu não sabia muito bem o que era (e acho que ainda não sei). Mas é verdade, tudo o que as pessoas me diziam é verdade, não se morre de amor, não se sofre para sempre. Há um dia em que o sol volta a brilhar. Há dias em que a nossa postura perante as situações já não é a mesma. E isso, para mim, chama-se viver. Viver com o bom, com o mau, mas viver. E eu ainda não tinha vivido.



Sabemos que o passado está arrumado quando, por momentos paramos e apercebemo-nos de que o nosso pensamento está noutro assunto e não naquilo que nos contaram.

Sensação boa esta!
Eu sabia que um dia chegava lá!

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Hoje, em conversa com uma senhora de 94 anos, senti medo do futuro. Muito simpática, cheia de vida para a idade que tem. Vive sozinha. Nunca teve filhos. Vinha acompanhada por uma prima, que mora em Lisboa, também ela com alguma idade. Queria ajuda. Embora se mexa muito bem, tem medo de estar sozinha. Precisa de apoio. Material e acima de tudo humano. Conversei com ela. Animada e bem disposta. Depois da conversa fiquei a pensar nela. Sozinha, com 94 anos. Não sei se consigo chegar a esta idade, o mais certo é não chegar, mas tenho medo, muito medo da solidão. E tenho medo de um dia ser eu na posição dela. A solidão mata.
Eu e uma amiga um destes dias:

Ela - O que é isso?
Eu - São batidos. Hipercalóricos. Sabem a morango
Ela - Isso é para quê?
Eu - Para engordar
Ela - O quê? Estás doida? Não sejas tonta, vais ficar gorda

Eu já tinha alertado que não era uma mulher normal. Pesei-me e percebi que apenas engordei meio kilo nos últimos tempos. Eu explico: com o fim do mestrado aliado a muito trabalho no meu serviço perdi 7 kgs. Achei que com as férias e o merecido descanso que voltava ao meu peso, mas não. Perder peso não é mau de todo, mas perdi demasiados kilos e confesso que não me sinto lá muito bem. Estou demasiado magra. Vai daí e comprei batidos hipercalórios e proteicos. E não é que aquilo é bom? Sabe a morango e marcha muito bem com leite bem fresco. Vamos lá ver se resulta. Há mulheres que querem emagrecer, eu quero engordar! Sou um fenómeno, eu sei!

segunda-feira, 27 de agosto de 2012


"A Promiscuidade Tira a Vontade O que é a experiência? Nada. É o número dos donos que se teve. Cada amante é uma coronhada. São mais mil no conta-quilómetros. A experiência é uma coisa que amarga e atrapalha. Não é um motivo de orgulho. É uma coisa que se desculpa. A experiência é um erro repetido e re-repetido até à exaustão. Se é difícil amar um enganador, mais difícil ainda é amar um enganado.
Desengane-se de vez a rapaziada. Nenhuma mulher gosta de um homem «experiente». O número de amantes anteriores é uma coisa que faz um bocadinho de nojo e um bocadinho de ciúme. O pudor que se exige às mulheres não é um conceito ultrapassado — é uma excelente ideia. Só que também se devia aplicar aos homens. O pudor valoriza. 0 sexo é uma coisa trivial. É por isso que temos de torná-lo especial. Ir para a cama com toda a gente é pouco higiénico e dispersa as energias. Os seres castos, que se reprimem e se guardam, tornam-se tigres quando se libertam. E só se libertam quando vale a pena.
A castidade é que é «sexy». Nos homens como nas mulheres. A promiscuidade tira a vontade.Uma mulher gosta de conquistar não o homem que já todas conquistaram, saquearam e pilharam, mas aquele que ainda nenhuma conseguiu tocar. O que é erótico é a resistência, a dificuldade e a raridade. Não é a «liberdade», a facilidade e a vulgaridade. Isto parece óbvio, mas é o contrário do que se faz e do que se diz. Porque será escandaloso dizer, numa época hippificada em que a virgindade é vergonhosa e o amor é bom por ser «livre», que as mulheres querem dos homens aquilo que os homens querem das mulheres? Ser conquistador é ser conquistado. Ninguém gosta de um ser conquistado. O que é preciso conquistar é a castidade."

Miguel Esteves Cardoso, in 'As Minhas Aventuras na República Portuguesa'



Podiam ser minhas estas palavras, embora nunca conseguirei escrever como este Senhor. Concordo com tudo. Por isso volto a afirmar que não sou uma mulher desta época. E ainda bem!
Detesto quando alguém numa sms escreve não sei quantas vezes "lol". Que nervos. Não sabem escrever sem utilizar tal coisa? Eu também utilizo, quando quero mostrar que algo teve graça ou que estou a rir com a situação, mas escrever em cada meia dúzia de palavras... Por amor à Santa.
Quanto vale a nossa liberdade?
Penso cada vez mais nisto, embora não encontre resposta. Namorar/viver com alguém que nos vigia 24 horas por dia, que controla tudo o que fazemos, dar justificações de tudo e de nada. Há muito que não sei o que isso é. E quando olho para o lado assusto-me com as relações que vou encontrando. Relações desgastadas, para não dizer terminadas, mas que nenhum tem coragem de admitir. "Ele vive com a melhor amiga e gosta dela, é querida, é amiga..." dizia-me um amigo um destes dias acerca de um casal nosso conhecido. Já todos perceberam que terminou, mas e a coragem? Onde está? Estar sozinho é bom, é mau, tem dias. Mas ultimamente começo a achar que é o melhor, sem preocupações, sem justificações, sem problemas, sem cobranças e sem alguém que me controle a conta bancária e a roupa que visto. Credo.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012



Quando li isto pensei: tão verdade. Há momentos em que sinto que não sou uma mulher moderna, ou pelo menos uma mulher dos novos tempos. E dou por mim muitas vezes a relativizar as coisas, a desculpar e achar que é normal uma atitude aqui, uma atitude ali, mas quando acordo vejo que não, que não é aceitável. E assim voltam os meus valores, aqueles que me foram transmitidos pela família. Mas estas novas mulheres são muito mais felizes, isso tenho a certeza. Não pensam tanto, relativizam. Pena é que por vezes é demais.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

O que leva um homem a esconder a sua família perante os amigos? Das duas, uma: ou tem vergonha, e não entendo porquê, ou é doido e nunca ninguém se apercebeu. Só sei que para mim nunca mais vai ser o mesmo. Não vou olhar da mesma forma. E fico com medo, com medo que seja prática comum e que outros façam o mesmo. E a outra parte? Tenho pena da outra parte que certamente não imagina tal situação. Sem reacção, foi assim que fiquei.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Expectativas

Ora aí está uma coisa que não sei gerir: expectativas. Embora  sinta que já melhorei muito neste campo, falta-me percorrer um longo caminho. E já dizia o outro que quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que paga.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

2 Anos

Passaram dois anos. E tanta coisa mudou entretanto. Menos as saudades, essas continuam iguais.
Gosto muito dos Jogos Olímpicos. Acho que é um evento muito bonito, onde os vários países disputam entre si as medalhas. Adoro ver ginástica artística. Acho maravilhoso como aquelas meninas, e digo meninas porque muitas delas são extremamente novinhas, se movimentam naqueles aparelhos. Fantástico. E hoje foi a nossa vez, depois das grandes estrelas terem falhado o objetivo das medalhas e outros lesionados não terem conseguido concorrer, de ganhar uma medalha. Deve ser uma sensação muito boa, estar no pódio e ser visto por milhões de pessoas. Podemos não trazer mais nenhuma, mas pelo menos esta já cá mora!

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Tentamos uma vez. Segue-se outra. E já vimos que não é por ali, mas voltamos a tentar. Chega o dia em que baixamos os braços e deixamos de tentar. E temos a certeza que o caminho não era aquele. Já o sabíamos há muito, mas só depois de tentar muitas, demasiadas, vezes percebemos isso. Ou melhor, aceitamos isso, porque perceber já o tínhamos feito logo na primeira tentativa.

"Não se pedincha amor

Não se pedincha. Ponto. Muito menos se pedincha amor.
O verbo pedinchar já é de si pequenino e pouco virtuoso. Pedir alguma coisa é muito mais assertivo e concreto, mas mesmo assim não se pede nem se pedincha amor.
Pasmo-me com algumas coisas que leio por aí e pasmo-me com algumas coisas que vou vendo em pessoas que conheço que pedincham para serem amadas. Vergam-se ao amor que sentem por alguém como se isso fosse motivo bastante para que a outra pessoa responda da mesma forma. As coisas são simples, mesmo na sua complexidade mais emocional. Ou se gosta ou não se gosta. Ou se quer ou não se quer. Ou se deseja ou não se deseja. Pedir para alguém ficar connosco só porque se gosta é um acto tão egoísta e narcisista que encerra em si mesmo a possibilidade de haver reciprocidade numa relação.
Geralmente quem pedincha amor, pedincha facilmente outras coisas: pedincha compreensão, carinho e sobretudo atenção.
Confesso que sou pouco tolerante a este tipo de reacções, sobretudo se forem masculinas. Irrita-me solenemente ver um homem a pedinchar amor, com olhinhos de bambi, a relembrar o quanto amam e sabem amar e o que fariam ou não fariam para deixar uma mulher feliz. Não quer dizer que não façam isso tudo, mas há que saber fazê-lo. Uma mulher fazer isso também não é bonito, mas vá, dada a emotividade feminina, não me choca tanto (mas choca na mesma).
Pedinchar é feio... não se usa e está fora de moda."



Não são palavras minhas, mas são tão verdadeiras e reais que "roubei" o texto. Podem visitar o blog e vão descobrir outros textos tão bons quanto este. Se fosse da minha autoria não alterava nada. Certas, corretas e muito reais estas palavras. E penso, porquê? Porque é que algumas pessoas fazem tal coisa? E sei a resposta: porque não gostam delas. Muitas vezes gostam mais da pessoa que está com elas, do que delas mesmas. O erro é esse.