quinta-feira, 31 de maio de 2012

Há pouco ao telefone com uma amiga:


"A tua vida neste últimos dois anos dava uma novela"

E não é que é verdade?
Esqueci-me do telemóvel em casa. Quando dei conta já ia longe e nunca voltaria atrás. Todavia, é incrível como parece que me falta algo. O mais provável é chegar a casa e não ter nem um sms, nem qualquer chamada, mas mesmo assim sinto falta. Que dependência.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

7 da matina. Toca o despertador. Acordo e penso sempre "hoje não vou trabalhar". A caminho do banho. Com a água, bem quente, a bater no corpo penso na indumentária que irei usar neste dia. Segue-se o pequeno almoço. Últimos retoques e saímos, quase sempre atrasada, rumo a mais um dia. No carro, sempre a mesma estação de rádio: comercial. A música toca e são os meus 30 minutos zen, onde penso, repenso, volto a pensar. Nem dou conta do trajecto de tão automático que é. Chego ao trabalho: as mesmas caras, os mesmos problemas, procedimentos e mais procedimentos, normas, regras. Chegam as 17 horas, hora de sair. Volto a entrar no carro, muitas vezes sem música. Volto a pensar, normalmente em modo mais orientado do que de manhã. Chego a casa, ligo o computador. Livros, leis, canetas, facebook pelo meio, dois dedos de conversa ao telefone ou via chat, mais um pedaço de trabalho feito. Chega o sono. Deito-me. Amanhã é outro dia. Igual. 

E é isso que me mata, o ser igual.

terça-feira, 29 de maio de 2012


Se há coisa que detesto é gentinha, cobrinhas, pessoínhas... não tenho paciência meus amigos. Era só isto.
Normalmente quando acordo consigo perceber como me encontro emocionalmente. Passo a explicar: uma amiga pegou-me o hábito de caracterizar os dias em "dia bom", "dia mau" ou "dia mais ou menos". Hoje estou num  "dia mais ou menos". Nem bem, nem mal. Cansada, devido ao Mestrado mas até com alguma força para continuar. Só funciono quando pressionada pelo tempo e é bem verdade. Tenho os dias, horas e minutos contados para a realização de dois trabalhos e reformulação de um outro até dia 9 de Junho. Pelo meio uma ida à cidade do rock, que nunca fui diga-se, um aniversário de mais uma trintona do grupo e poucas horas de sono. Mas hoje também acordei com o pensamento em duas pessoas. Uma de um passado recente e que volta e meia, qual intruso, entra na minha cabeça e atropela os meus pensamentos e tenta transtornar-me emocionalmente. Mas eu não deixo. Remeto logo para o "artigo cesto" como diz uma das minhas colegas. Arquivar o negativo e seguir em frente sem olhar para atrás e nem para os lados. A outra... essa está a incomodar-me. Já vivi isto uma vez. Era mais imatura, não que já não seja, mas tinha outra idade e no final o ter conseguido o meu objectivo era o suficiente para ser feliz, achava eu. E acabei por perder, embora talvez perder seja uma palavra forte, mas acabei por me afastar de algumas pessoas, uma em concreto e por incrível que pareça só 10 anos depois, sim 10 anos, é que sinto que voltámos a reconstruir a amizade. Não somos as melhores amigas, mas entendemos o ponto de vista uma da outra e recuperei algo de bom. Acrescentei algo de positivo à minha vida. Depois vem outra fase da nossa vida, e neste momento perder amizades não é algo que me agrade. Acho que não perdi, acho que é tudo uma questão de tempo, mas como a culpa está do meu lado sinto-me ansiosa e triste por não resolver a situação. Estou rodeada de ótimas pessoas, umas mais amigas do que outras, mas desde aquele malfadado dia que penso nisso, que atormento o juízo com a situação. Espero amanhã acordar num "dia sim".

domingo, 27 de maio de 2012

Ando sem vontade para escrever. Demasiado cansada, da escola, do trabalho e até de algumas pessoas. Sinto-me mais animada, com mais força, a "sair do marasmo", mas mesmo assim ainda não vejo a luz, aquela luz que já vi em tempos. Há uma coisa que continua a incomodar-me. E não consigo resolvê-la. E estou a perder a esperança de conseguir. Terá sido um aviso da vida?

segunda-feira, 21 de maio de 2012

O que fazemos quando nos chateamos com uma das nossas grandes amigas? E até temos culpa? Xiça.
A vida é estranha. Entre 40 mil pessoas e aconteceu. Eu sabia que um dia viria a acontecer. Orgulhosa de mim, que ignorei por completo, como se nem estivesse presente. E correu bem! Ainda não é indiferente, mas chego lá! E obrigada ao A. pelos elogios, houve quem tivesse ouvido e talvez até pensado no que perdeu!

domingo, 20 de maio de 2012

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Sabe bem quando entramos num local, cheio de mulheres, e somos presenteadas com uma série de elogios. Que estamos bonitas, diferentes, com mais luz, com ótimo aspeto. Tudo isto no mesmo dia. Sabe bem, mas não apazigua o vazio que está dentro de nós. Mas mesmo assim foi bom ouvir!

terça-feira, 15 de maio de 2012

Mantendo-me calmo, nada reprimindo, permanecendo atento e aceitando a realidade. Vendo as coisas como elas são e não como eu queria que elas fossem.
Ao fazer tudo isso, adquiri um conhecimento incomum, assim como poderes invulgares, de uma amplitude que jamais poderia ter imaginado. Sempre pensara que quando aceitamos as coisas, elas nos sobrepujam de um modo ou de outro. Resulta que isso não é verdade em absoluto. É somente aceitando as coisas que podemos assumir uma atitude em relação a elas.

Por isso, tenciono agora fazer o jogo da vida, ser receptivo a tudo que me chegar, sem julgamentos, bom e mal, luz e sombra alternando-se eternamente; e, desta forma, aceitar também minha própria natureza, com seus aspectos positivos e negativos. Assim, tudo se torna mais vivo para mim.

Que insensato eu fui! Como me esforcei para forçar todas as coisas a harmonizarem-se com o que eu pensava que devia ser...


Carl Gustav Jung

domingo, 13 de maio de 2012

Não suporto quando alguém, com muito menos experiência de vida do que eu, e em tom arrogante me diz o que devo, ou não, fazer e ainda me faz sentir pior do que já estou. Aceito que uma amiga me chame à razão e me diga quando erro, agora que me faça sentir ainda pior, dando a entender que de prejudicada passei a ser a má da história. Não consigo engolir. Nem bebendo 5 litros de água.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Só se pode ser feliz simplificando, simplificando sempre, arrancando, diminuindo, esmagando, reduzindo; e a inteligência cria em volta de nós um mar imenso de ondas, de espumas, de destroços, no meio do qual somos depois o náufrago que se revolta, que se debate em vão, que não quer desaparecer sem estreitar de encontro ao peito qualquer coisa que anda longe: raio de sol em reflexo de estrelas. E todos os astros moram lá no alto.

Florbela Espanca
Dia após dia começo a notar algumas melhoras. Sinto que voltei a ver a luz ao fundo do túnel, ainda é uma luz muito pequenina, mas quero acreditar que vai aumentando com o passar dos dias. Preciso de tranquilidade e sobretudo de paz. Sou uma menina, eu sei. Frágil como nunca me imaginei, mas depois de conversar com tantas pessoas quero adoptar a postura de que nada acontece por acaso e tudo serve para crescer e fortalecer a minha estrutura emocional, que é uma treta. Sou refilona em casa, no trabalho, com os amigos, não me calo quando tenho de falar, mas quando toca a questões emocionais... Meu Deus, a fragilidade apodera-se de mim e fico um pequeno "caco" partido em mil pedaços. Vamos em frente. Um dia de cada vez. Tipo alcoólicos anónimos (com muito respeito): hoje não chorei, hoje sinto-me bem, o melhor está para vir.

quarta-feira, 9 de maio de 2012


Grande verdade...

Hoje divido a minha tristeza e angústia com uma amiga.
Mas quero acreditar que vai tudo correr bem para ambas. Dizem que a vida é dura, pois claro que é, e que crescemos e aprendemos com o sofrimento, mas penso muitas vezes: "é preciso tanto? já não chega?"

terça-feira, 8 de maio de 2012

Dizem que o Verão está a chegar... são apenas dois ou três dias, mas vamos aproveitar como se não houvesse amanhã! Ando ávida de Sol, de energia positiva!

"Dizem que a «força vem de dentro». Mas quem são para afirmar isso? Que sabem da nossa vida, do nosso espírito, para fazer sugestões? Se «vem de dentro», que nos arranquem a pele e apontem onde está! Merda para todos."



Marta Gautier



Que bem que se aplica...

segunda-feira, 7 de maio de 2012

De tudo o que escolhi, corro o risco de não acertar uma.
Acordei como o tempo. Triste e cinzento. Há dias que ando assim. Gerou-se em mim uma melancolia de tal forma, que está deveras difícil encontrar a ponta do fio que deixei escapar. Penso demasiado no futuro, no que irá acontecer, medos e anseios que não fazem sentido, uma vez que nem sei o que a vida me reserva. Apenas sei que encontro-me mergulhada numa tristeza profunda, da qual o meu pensamento me impede de sair. Tento ser otimista, pensar que o melhor está sempre para vir e que há-que aguardar por ele. Esperar que a vida nos encaminhe e nos leve a bom porto. Mas é tão difícil, custa tanto "sair do marasmo" como diz uma das minhas amigas. Já passei maus momentos, já lutei, já venci e sinto que estou a baixar os braços e resignar-me. Não quero, preciso de voltar a sorrir, a sentir-me bem, animada e com vontade de viver tudo e mais alguma coisa. E pergunto para mim: para onde foi essa vontade? Vou tentar encontrá-la, mas não sei onde procurar...

quinta-feira, 3 de maio de 2012



Um destes dias ia eu a conduzir a caminho do trabalho quando ouvi esta música.
Gostei tanto da letra. Talvez por neste momento ser tudo aquilo que preciso de ouvir, ouvir, ouvir...
Mas hoje esta música não é para mim, é para além de quem gosto muito e que passa por uma grande dificuldade na sua vida. Há coisas que por mais que tentemos perceber nunca vamos conseguir. Em especial a cabeça das pessoas, o que vai lá dentro, o que pensam, a maneira como agem sem perceberem que magoaram o outro. 

Daqui até à Lua! Tu és mais forte!

quarta-feira, 2 de maio de 2012

terça-feira, 1 de maio de 2012

E aconteceu. Quase dois meses depois deu-se o reencontro. Estranho. Nervoso miudinho. Tantas vezes fui feliz ali, com aquelas pessoas, tantas vezes sorri, tantas vezes me diverti, mas naquele momento foi diferente. E ao ver é que percebi a verdadeira dimensão da coisa. Que não foi nada de especial para ficar assim, mas que ao mesmo tempo foi enorme e importante. Como diz Fernando Pessoa: "a importância das coisas não está no tempo em que duram, mas na intensidade com que acontecem". Acho que é algo deste género. Mesmo que não seja é isso que sinto. Mas há que seguir em frente.