SAUDADE
Saudade é a prisão da dor de quem espera
O desassossego da alma de quem desespera
É o pressentimento do não voltar a ter
É matar o tempo com a dor do não saber.
A agonia que cresce quando se contam os dias
A apatia em que se cai se não há notícias
É a nostalgia do beijo e do abraço
Uma inquietude onde nem o sono tem espaço.
Saudade é sentir longe quando se está perto
É o desespero de se perder o que se tem como certo
Sentir a voz de quem queres que te chame
Saudades sentes mesmo que já não te ame!
Saudade é a alma cheia de desejo
Um momento amargo doce, aguardando o ensejo
Adormecer esperando o dia com ansiedade
Sonhar o reencontro também é saudade.
As despedidas que ainda nem aconteceram
As esperanças dum regresso, que se perderam
A angústia de não saber quando
Saudade é o respirar o mesmo ar,as bocas colando
É um silêncio triste e obstinado!
Múrmurio que o vento traz do bem amado
Num lugar secreto onde mora a solidão
Mora a saudade que não nos larga o coração.
Rosafogo
Natalia Nuno
Constrói-se o presente com os olhos postos no futuro e rompe-se com o passado...
segunda-feira, 30 de abril de 2012
domingo, 29 de abril de 2012
quinta-feira, 26 de abril de 2012
3º Passo
Não criar expectativas. O que tiver ser é. E quando elas existem há que saber geri-las da melhor forma.
2º Passo
Serenidade, calma, tranquilidade, saber esperar... Apostar nestas virtudes. O futuro não se faz no presente, há que saber esperar por ele e não criar ansiedade e medo do que vai acontecer.
segunda-feira, 23 de abril de 2012
domingo, 22 de abril de 2012
No último mês fui invadida por uma tristeza infinita. Sinto-me novamente no fundo do buraco. Já vivi isto em tempos e se nessa altura alguém me dissesse que voltaria a sentir o mesmo eu jamais acreditaria. Achei que tinha ficado imune, que nada mais me abalava de maneira tão forte e que as circunstâncias da vida me tinham tornado mais forte, mais mulher, mais madura. Todavia, constato que não é verdade, que continuo frágil, uma menina. Que quero as coisas à minha maneira, sendo que a vida nem sempre realiza os nossos desejos. Sou pouco racional, demasiado emotiva. Acredito nas pessoas, que ainda há pessoas boas, com príncipios e quando dou por mim já estou à beira da desilusão. Dou muito, demasiado e ingenuamente espero receber em troca tudo o que dou. Mas nem sempre os outros têm o mesmo para me dar e aí entra a decepção, a amargura, a falta de confiança, a tristeza. Sinto que tenho de crescer e muitas vezes penso que este é o caminho, cair e levantar, voltar a cair e voltar a levantar. Espero um dia levantar e conseguir manter-me de pé, direita, por mim mesma e sem ajuda de terceiros. E aí, sim, vou atingir a plenitude. Um destes dias, alguém dizia-me "não percebo porque estás assim, tens tudo". Será? Sim, claro que tenho tudo o que é essencial, e acima de tudo estou viva e com saúde para continuar. Mas falta-me tanta coisa, tanta coisa que poderá fazer-me feliz. No final, sinto que não tenho nada.
sábado, 21 de abril de 2012
“Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. Acabas por aceitar as derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprendes a construir todas as tuas estradas de hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de algum tempo aprendes que o sol queima se te expuseres a ele por muito tempo.
Aprendes que não importa o quanto tu te importas, simplesmente porque algumas pessoas não se importam… E aceitas que apesar da bondade que reside numa pessoa, ela poderá ferir-te de vez em quando e precisas perdoá-la por isso. Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se leva anos para se construir a confiança e apenas segundos para destruí-la, e que poderás fazer coisas das quais te arrependerás para o resto da vida. Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que tens na vida, mas quem tens na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprendes que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebes que o teu melhor amigo e tu podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobres que as pessoas com quem tu mais te importas são tiradas da tua vida muito depressa, por isso devemos sempre despedir-nos das pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprendes que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que podes ser. Descobres que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto. Aprendes que, ou controlas os teus actos ou eles te controlarão e que ser flexível nem sempre significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, existem sempre os dois lados. Aprendes que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer enfrentando as consequências. Aprendes que paciência requer muita prática.
Descobres que algumas vezes a pessoa que esperas que te empurre, quando cais, é uma das poucas que te ajuda a levantar. Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tiveste e o que aprendeste com elas do que com quantos aniversários já comemoraste. Aprendes que há mais dos teus pais em ti do que supunhas. Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são disparates, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobres que só porque alguém não te ama da forma que desejas, não significa que esse alguém não te ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, poderás ser em algum momento condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que tu o consertes. Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperares que alguém te traga flores. E aprendes que realmente podes suportar mais…que és realmente forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que tu tens valor diante da vida!”
William Shakespeare!
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Bem vindo Miguel
E o Miguel nasceu! No dia do aniversário da mãe, que está duplamente feliz. Um parto fácil, rápido e acompanhado pelo pai que corajosamente quis estar presente. Quando li o sms senti uma enorme alegria e desta vez a lágrima que teimava em cair era de alegria, ao contrário do passado, dos dias em que o Miguel teimava em não querer "vingar", dos dias passados com grande tristeza. Hoje é dia de alegria, é dia de esquecer o passado, a dor e a angústia e sentir o presente, ansiando o futuro, que será alegre e belo. Este bébe dá-me a certeza de que vale a pena continuar, lutar, não desistir e acima de tudo acreditar. Como me disse a mãe do Miguel, ontem ao telefone, "a vida por vezes é uma merda, mas há um dia em que o sol volta a brilhar"! O Miguel é fruto do brilho desse Sol!
Parabéns aos papás babados!
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Fim de tarde maravilhoso. Três gajas. Entre uma lágrima e um sorriso ali estivemos nós a partilhar, a desabafar, a ouvir, a falar, a tentar perceber, a tentar explicar, a tentar ajudar. A pequena, ainda bem longe do mundo dos adultos, de colo em colo, fez-me sentir inveja. Inveja dos seus collants às flores, do seu sapato cor-de-rosa. Mas acima de tudo fez-me sentir inveja de não ter problemas, de viver entre o "come e dorme", do sorriso só de olhar para o leite que a mãe preparava com tanto amor para ela beber. Que inocência. Que vontade de voltar atrás no tempo e ter aquela idade. Não tenho dúvidas que das três, ela era a mais feliz, ali, naquele momento!
quarta-feira, 18 de abril de 2012
sábado, 14 de abril de 2012
quarta-feira, 11 de abril de 2012
"Sorria,
brinque, chore, beije, morra de amor, sinta, sonhe, grite e, acima de tudo,
viva. O fim nem sempre é o final. A vida nem sempre é real. O passado nem
sempre passou. O presente nem sempre ficou e o hoje nem sempre é agora. Tudo o
que vai, volta. E se voltar é porque é feito de amor".
Reynaldo Gianecchini
Reynaldo Gianecchini
À minha volta anda tudo meio atrapalhado. Ora são os meus problemas, que no fundo nem problemas são, mas que para mim são problemas, ora são as maluqueiras e tristezas das minhas amigas e familiares. Tudo muito negro, muito preto, muito infeliz. Umas querem filhos e não conseguem, outras têm filhos sem querer, outras casam e o casamento balança, outras envolvem-se com gajos que falsificam o sobrenome (pára tudo... aqui tenho de soltar uma gargalhada), outras têm amigos coloridos, que afinal são mais cinzentos que o céu em dias de Inverno, outras vivem em união de facto, mas em vez de viverem com o seu grande amor, percebem que afinal vivem com o seu melhor amigo. Outras há que estão doentes, isso sim é problema. Depois há os IRS´s da malfadada família, que nunca mais terminam. Ensinar a uma colega um serviço novo, como se faz, o que não deve fazer, o que se deve fazer e pior... ter coragem de dizer à colega que tem de mudar de óculos porque engana-se sempre nos números dos cartões e não vê os quadrados dos impressos que tem de preencher. Há ainda a colega das desgraças: a tia que está doente, a filha que passa a vida a ligar para o trabalho e nos faz dizer a maldita frase até ao fim: Câmara Municipal de ...., fala a .... bom dia. O filho que não sei o quê, a gata que não sei o quê, ai que vontade de ter um botão off por vezes. Há ainda a colega que nos chama por tudo e por nada, que já está no serviço há 20 anos e não sabe fazer nada e pede a mim, à minha pessoa que está apenas há 4 anos para a ensinar. Oi? Não estou entendendo... Sites e mais sites de imobiliárias para ver, para descobrir a casa perfeita para a minha pessoa: barata, gira e central. Sim, ok, estou a sonhar. Há ainda a tia chata que liga não sei quantas vezes para falar da crise. A mãe que não percebe nada de telemóveis e manda sms´s dos quais não entendo patavina e sou obrigada a ligar para saber o que quer. O afilhado que não pára quieto e só quer fazer desenhos e colar nas paredes da cozinha. Os vizinhos do 1º andar que são uns chatos e perguntam constantemente pelo namorado. Qualquer dia respondo que emigrou, seguiu o conselho do Governo e emigrou.
Que desgrácia.
Mas pronto... no meio disto tudo sou feliz. Não vivo sem estas pessoas! São elas que me aturam!
domingo, 8 de abril de 2012
Chegámos aos 30!
É verdade, chegámos aos 30. E parece que ainda ontem tinha feito 15. Passou a correr, num ápice. Mas entrar nos 30 foi normal, nada de novo, tudo igual. Na companhia dos amigos e da família, daqueles que realmente gostam de nós. Foi um dia calmo, tranquilo. E no fundo é isso que desejo, é isso que peço aos "30", é que me tragam calma, paz e tranquilidade. Obrigada a todos os que se lembraram de mim neste dia e não deixaram de "participar", de mostrar o seu carinho!
quarta-feira, 4 de abril de 2012
terça-feira, 3 de abril de 2012
domingo, 1 de abril de 2012
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