segunda-feira, 30 de abril de 2012

SAUDADE

Saudade é a prisão da dor de quem espera
O desassossego da alma de quem desespera
É o pressentimento do não voltar a ter
É matar o tempo com a dor do não saber.
A agonia que cresce quando se contam os dias
A apatia em que se cai se não há notícias
É a nostalgia do beijo e do abraço
Uma inquietude onde nem o sono tem espaço.

Saudade é sentir longe quando se está perto
É o desespero de se perder o que se tem como certo
Sentir a voz de quem queres que te chame
Saudades sentes mesmo que já não te ame!
Saudade é a alma cheia de desejo
Um momento amargo doce, aguardando o ensejo
Adormecer esperando o dia com ansiedade
Sonhar o reencontro também é saudade.

As despedidas que ainda nem aconteceram
As esperanças dum regresso, que se perderam
A angústia de não saber quando
Saudade é o respirar o mesmo ar,as bocas colando
É um silêncio triste e obstinado!
Múrmurio que o vento traz do bem amado

Num lugar secreto onde mora a solidão
Mora a saudade que não nos larga o coração.

Rosafogo
Natalia Nuno

domingo, 29 de abril de 2012

Tenho a certeza de que não estou bem quando janto com as minhas pessoas, aquelas pessoas, com os melhores amigos do mundo, que tanto me ajudaram e que tanto gostam de mim, e não me sinto bem. É grave.

Em modo repeat

quinta-feira, 26 de abril de 2012

3º Passo

Não criar expectativas. O que tiver ser é. E quando elas existem há que saber geri-las da melhor forma.

2º Passo

Serenidade, calma, tranquilidade, saber esperar... Apostar nestas virtudes. O futuro não se faz no presente, há que saber esperar por ele e não criar ansiedade e medo do que vai acontecer.

1º Passo


domingo, 22 de abril de 2012

No último mês fui invadida por uma tristeza infinita. Sinto-me novamente no fundo do buraco. Já vivi isto em tempos e se nessa altura alguém me dissesse que voltaria a sentir o mesmo eu jamais acreditaria. Achei que tinha ficado imune, que nada mais me abalava de maneira tão forte e que as circunstâncias da vida me tinham tornado mais forte, mais mulher, mais madura. Todavia, constato que não é verdade, que continuo frágil, uma menina. Que quero as coisas à minha maneira, sendo que a vida nem sempre realiza os nossos desejos. Sou pouco racional, demasiado emotiva. Acredito nas pessoas, que ainda há pessoas boas, com príncipios e quando dou por mim já estou à beira da desilusão. Dou muito, demasiado e ingenuamente espero receber em troca tudo o que dou. Mas nem sempre os outros têm o mesmo para me dar e aí entra a decepção, a amargura, a falta de confiança, a tristeza. Sinto que tenho de crescer e muitas vezes penso que este é o caminho, cair e levantar, voltar a cair e voltar a levantar. Espero um dia levantar e conseguir manter-me de pé, direita, por mim mesma e sem ajuda de terceiros. E aí, sim, vou atingir a plenitude. Um destes dias, alguém dizia-me "não percebo porque estás assim, tens tudo". Será? Sim, claro que tenho tudo o que é essencial, e acima de tudo estou viva e com saúde para continuar. Mas falta-me tanta coisa, tanta coisa que poderá fazer-me feliz. No final, sinto que não tenho nada.

sábado, 21 de abril de 2012


“Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. Acabas por aceitar as derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprendes a construir todas as tuas estradas de hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de algum tempo aprendes que o sol queima se te expuseres a ele por muito tempo.


Aprendes que não importa o quanto tu te importas, simplesmente porque algumas pessoas não se importam… E aceitas que apesar da bondade que reside numa pessoa, ela poderá ferir-te de vez em quando e precisas perdoá-la por isso. Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se leva anos para se construir a confiança e apenas segundos para destruí-la, e que poderás fazer coisas das quais te arrependerás para o resto da vida. Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que tens na vida, mas quem tens na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprendes que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebes que o teu melhor amigo e tu podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.



Descobres que as pessoas com quem tu mais te importas são tiradas da tua vida muito depressa, por isso devemos sempre despedir-nos das pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprendes que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que podes ser. Descobres que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto. Aprendes que, ou controlas os teus actos ou eles te controlarão e que ser flexível nem sempre significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, existem sempre os dois lados. Aprendes que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer enfrentando as consequências. Aprendes que paciência requer muita prática.



Descobres que algumas vezes a pessoa que esperas que te empurre, quando cais, é uma das poucas que te ajuda a levantar. Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tiveste e o que aprendeste com elas do que com quantos aniversários já comemoraste. Aprendes que há mais dos teus pais em ti do que supunhas. Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são disparates, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobres que só porque alguém não te ama da forma que desejas, não significa que esse alguém não te ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, poderás ser em algum momento condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que tu o consertes. Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás.



Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperares que alguém te traga flores. E aprendes que realmente podes suportar mais…que és realmente forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que tu tens valor diante da vida!”





William Shakespeare!
Não paralises no que correu mal. Em vez disso, foca-te no que fazer a seguir. Gasta as tuas energias em mover-te na direcção da resposta.

Denis Waitley

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Bem vindo Miguel

E o Miguel nasceu! No dia do aniversário da mãe, que está duplamente feliz. Um parto fácil, rápido e acompanhado pelo pai que corajosamente quis estar presente. Quando li o sms senti uma enorme alegria e desta vez a lágrima que teimava em cair era de alegria, ao contrário do passado, dos dias em que o Miguel teimava em não querer "vingar", dos dias passados com grande tristeza. Hoje é dia de alegria, é dia de esquecer o passado, a dor e a angústia e sentir o presente, ansiando o futuro, que será alegre e belo. Este bébe dá-me a certeza de que vale a pena continuar, lutar, não desistir e acima de tudo acreditar. Como me disse a mãe do Miguel, ontem ao telefone, "a vida por vezes é uma merda, mas há um dia em que o sol volta a brilhar"! O Miguel é fruto do brilho desse Sol!

Parabéns aos papás babados!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Fim de tarde maravilhoso. Três gajas. Entre uma lágrima e um sorriso ali estivemos nós a partilhar, a desabafar, a ouvir, a falar, a tentar perceber, a tentar explicar, a tentar ajudar. A pequena, ainda bem longe do mundo dos adultos, de colo em colo, fez-me sentir inveja. Inveja dos seus collants às flores, do seu sapato cor-de-rosa. Mas acima de tudo fez-me sentir inveja de não ter problemas, de viver entre o "come e dorme", do sorriso só de olhar para o leite que a mãe preparava com tanto amor para ela beber. Que inocência. Que vontade de voltar atrás no tempo e ter aquela idade. Não tenho dúvidas que das três, ela era a mais feliz, ali, naquele momento!

A letra diz tudo

Estou quase, mas quase, quase, quase a ser tia novamente e este sobrinho... que me desculpem todos os outros que amo de paixão, mas este tem um sabor muito especial!

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Para ajudar à festa o meu PC lá de casa avariou. Morreu. Disco novo, memória alargada e uns euros fora da carteira. Não acredito em bruxas, mas que existem, lá isso existem. Vou tomar um banho de sal!

sábado, 14 de abril de 2012

Estou em pânico total. Sim, sei que já disse esta frase no 1º semestre, mas voltei a sentir o mesmo. Seis trabalhos e dois testes para fazer. Sem ideias, sem vontade, sem motivação de outros tempos. 
Ajuda precisa-se.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

"Sorria, brinque, chore, beije, morra de amor, sinta, sonhe, grite e, acima de tudo, viva. O fim nem sempre é o final. A vida nem sempre é real. O passado nem sempre passou. O presente nem sempre ficou e o hoje nem sempre é agora. Tudo o que vai, volta. E se voltar é porque é feito de amor".

 
Reynaldo Gianecchini

À minha volta anda tudo meio atrapalhado. Ora são os meus problemas, que no fundo nem problemas são, mas que para mim são problemas, ora são as maluqueiras e tristezas das minhas amigas e familiares. Tudo muito negro, muito preto, muito infeliz. Umas querem filhos e não conseguem, outras têm filhos sem querer, outras casam e o casamento balança, outras envolvem-se com gajos que falsificam o sobrenome (pára tudo... aqui tenho de soltar uma gargalhada), outras têm amigos coloridos, que afinal são mais cinzentos que o céu em dias de Inverno, outras vivem em união de facto, mas em vez de viverem com o seu grande amor, percebem que afinal vivem com o seu melhor amigo. Outras há que estão doentes, isso sim é problema. Depois há os IRS´s da malfadada família, que nunca mais terminam. Ensinar a uma colega um serviço novo, como se faz, o que não deve fazer, o que se deve fazer e pior... ter coragem de dizer à colega que tem de mudar de óculos porque engana-se sempre nos números dos cartões e não vê os quadrados dos impressos que tem de preencher. Há ainda a colega das desgraças: a tia que está doente, a filha que passa a vida a ligar para o trabalho e nos faz dizer a maldita frase até ao fim: Câmara Municipal de ...., fala a .... bom dia. O filho que não sei o quê, a gata que não sei o quê, ai que vontade de ter um botão off por vezes. Há ainda a colega que nos chama por tudo e por nada, que já está no serviço há 20 anos e não sabe fazer nada e pede a mim, à minha pessoa que está apenas há 4 anos para a ensinar. Oi? Não estou entendendo... Sites e mais sites de imobiliárias para ver, para descobrir a casa perfeita para a minha pessoa: barata, gira e central. Sim, ok, estou a sonhar. Há ainda a tia chata que liga não sei quantas vezes para falar da crise. A mãe que não percebe nada de telemóveis e manda sms´s dos quais não entendo patavina e sou obrigada a ligar para saber o que quer. O afilhado que não pára quieto e só quer fazer desenhos e colar nas paredes da cozinha. Os vizinhos do 1º andar que são uns chatos e perguntam constantemente pelo namorado. Qualquer dia respondo que emigrou, seguiu o conselho do Governo e emigrou.

Que desgrácia.

Mas pronto... no meio disto tudo sou feliz. Não vivo sem estas pessoas! São elas que me aturam!

1, 2, 3... respira fundo


domingo, 8 de abril de 2012

Chegámos aos 30!

É verdade, chegámos aos 30. E parece que ainda ontem tinha feito 15. Passou a correr, num ápice. Mas entrar nos 30 foi normal, nada de novo, tudo igual. Na companhia dos amigos e da família, daqueles que realmente gostam de nós. Foi um dia calmo, tranquilo. E no fundo é isso que desejo, é isso que peço aos "30", é que me tragam calma, paz e tranquilidade. Obrigada a todos os que se lembraram de mim neste dia e não deixaram de "participar", de mostrar o seu carinho!